ROBINSON FARIA MANTÉM SILÊNCIO SOBRE SEU EX-VICE


Apesar de ter participado do evento de lançamento da pré-candidatura de Fábio Dantas (SDD) ao governo do Rio Grande do Norte, na última terça-feira 19, o ex-governador Robinson Faria (PP), que administrou o Estado tendo Dantas como vice-governador entre 2015 e 2018, não quis se pronunciar a respeito da chapa de oposição. Procurado diariamente pela reportagem do AGORA RN desde a terça, não respondeu às mensagens nem atendeu ou retornou as ligações.

Durante o evento, o ex-governador assistiu toda a movimentação em torno do seu ex-aliado da plateia, cercado de correligionários, sorriu e posou para fotografias, apenas. Não subiu ao palco onde Fábio Dantas, Rogério Marinho e outros integrantes de uma parte da oposição à gestão de Fátima Bezerra (PT), festejavam o anúncio. Tal comportamento abriu margem para uma série de interpretações.
Em entrevista à 98 FM, nesta quarta 20, Dantas afirmou que não existe problema algum em receber o ex-governador em seu palanque eleitoral. A declaração aconteceu depois do lançamento da pré-candidatura, onde foi bastante comentada a ausência de Robinson Faria no palco, junto aos demais convidados. “Ele não subiu porque não quis, preferiu ficar com os prefeitos. Robinson sempre vai ter as portas abertas”, afirmou Dantas.

CRÍTICAS. O PT e partidos aliados culpam Fábio Dantas e Robinson Faria pela gestão que quebrou os cofres do RN. Para o deputado estadual Francisco do PT, a chapa encabeçada pela dupla é a reedição do governo Robinson Faria piorado, “uma vez que representa a união do desrespeito aos servidores estaduais e o maior destruidor de direitos da classe trabalhadora do nosso país. Trata-se da união das forças que destruíram nosso Estado, do ponto de vista fiscal, financeiro e de sua infraestrutura”.

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) disse que a volta dos dois representa “tirar os direitos dos trabalhadores e outro que não paga o salário dos servidores públicos. O palanque bolsonarista estava desesperado por alguém que topasse enfrentar a governadora. Tentaram vários nomes, mas só restou o vice de Robinson”.

O presidente estadual do PCdoB, Divanilton Pereira, frisou que, “representam uma combinação perigosa para o RN, pois ambos defendem e praticam a gestão patrimonialista, restritiva e concentrada na continuidade dos interesses familiares. Esse modelo é uma das causas da falência administrativa, financeira e orçamentária herdada em 2018 pelo governo Fátima Bezerra e Antenor Roberto”.