BOLSONARO JOGA EMPRESÁRIOS GOLPISTAS NA FOGUEIRA: "VOCÊS TÊM QUE SE DEFENDER"
Jair Bolsonaro (PL) lavou as mãos e jogou na fogueira os empresários aliados que foram alvo de operação da Polícia Federal, a mando de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por conspirarem em um grupo de WhatsApp por um golpe caso Lula (PT) vença as eleições.
"Vocês têm que se defender! Os políticos se defendem, os delegados se defendem, o Ministério Público também", disse Bolsonaro a um pequeno grupo de empresários ao comentar a ação da PF antes de discurso em evento da Esfera Brasil nesta terça-feira (23).
"Vocês, grandes empresários, têm que se defender. Amanhã pode acontecer com um ou outro aqui", teria enfatizado Bolsonaro, que classificou como "absurda" a operação, segundo informações de Malu Gaspar no jornal O Globo desta quarta-feira (24).
Entre os presentes estava José Isaac Peres, fundador do grupo Multiplan, que administra shoppings. Ele foi um dos alvos da ação da PF. Durante o evento foi feito um ato de desagravo a Peres, mas Bolsonaro teria se mantido imóvel, segundo a jornalista.
Alvos
Empresários que defenderam golpe de Estado em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro foram alvos de mandado de busca nesta terça-feira (23), pela Polícia Federal (PF).
Entre eles estão Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nirgri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (SF) foi quem autorizou as buscas.
Um grupo de advogados e entidades apresentou ao STF um pedido para que os empresários fossem investigados no inquérito que apura atuação de milícias digitais contra a democracia e as instituições, de acordo com informações da colunista do Andréia Sadi.
Além das buscas, Alexandre de Moraes também determinou:bloqueio das contas bancárias dos empresários;
bloqueio das contas dos empresários nas redes sociais;
tomada de depoimentos;
quebra de sigilo bancário.