DETENTOS DA PENITENCIÁRIA AGRÍCOLA MÁRIO NEGÓCIO, EM MOSSORÓ, INICIARAM AS PRIMEIRAS COLHEITAS DO ANO.
Mais um dia de festa para a direção, técnicos, agentes e detentos da Mario Negocio em Mossoró.
Quem passa pela rodovia que liga Mossoró a Baraúna logo pode ver a
fartura no campo e essa não é uma colheita qualquer. A melancia colhida
vem da lavoura que fica na Penitenciária Agrícola Mário Negócio. Na
manhã de hoje começou e serão colhidas cerca de 35 toneladas de
melancias na primeira etapa e já com a venda garantida.
Como começou:
O agricultor “Francisco Albano Sobrinho”, de 46 anos de idade se
envolveu em um crime na cidade de Assú e depois de passar pela prisão de
Alcaçuz, veio transferido para Mossoró. Albano procurou a direção do
PAMN e pediu uma oportunidade para desenvolver o projeto de plantio na
área agrícola do complexo penal. A área de plantio da penitenciária é de
15 hectares.
O Vice diretor Expedito Rocha, que também é técnico agrícola, criou esse
projeto como trabalho de conclusão para o curso de gestão pública da
Escola de Governo, que consistia inicialmente em produzir banana e
mamão.
Os detentos envolvidos com o projeto ganham à redução de um dia para
cada três trabalhado. Além disso, 60% dos lucros obtidos com a venda dos
produtos hortifruti serão dividido por eles em partes iguais. Dos
outros 40%, 30% ficam para a manutenção da unidade e 10% servem como
pagamento para o gestor, conforme as proporções definidas pelo conselho
da comunidade.
A viabilidade do plantio é garantida pela irrigação com a técnica de
gotejamento, e utiliza o poço próprio do Complexo Penal e mais a água
excedente do presidio federal que fica nas proximidades. A Companhia de
Aguas do Estado instalou um registro de controle, no terreno do Mário
Negócio.
O projeto é realizado com a colaboração de alguns parceiros, além do
presídio federal, que ajuda com a irrigação, Secretaria Municipal da
Agricultura de Mossoró, que disponibilizou o trator para limpeza do
terreno e algumas empresas do setor agrícola de Baraúna, que doaram
parte do equipamento usada no projeto.
Os detentos que tem trabalhado no projeto são do regime Semi-aberto e até do fechado.
Segundo o Major Humberto Pimenta, diretor do Complexo Penal o projeto recebe o apoio e é fiscalizado pelo Ministério Publico.
Colaboração do Jornalista Fabiano Morais