PAZUELLO CAI ATIRANDO E DIZ QUE SOFREU BOICOTE E PRESSÃO PARA DEIXAR O CARGO


O general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde de Bolsonaro até esta segunda-feira, fez hoje um discurso de despedida e caiu atirando: afirmou ter sido alvo de boicote para deixar o cargo de políticos interessados em dinheiro, que ele chamou de “pixulé”.

Na posse de seu substituto, Marcelo Queiroga, Pazuello afirmou ainda ter levado para a pasta atributos militares que faltavam no local, como “probidade e honestidade”, e que caiu depois de identificar um grupo de médicos do ministério disposto a boicotá-lo.

“Esse grupo tentou empurrar uma pseudo-nota técnica que nos colocaria em extrema vulnerabilidade, querendo que aquele medicamento, a partir dali, estivesse com critérios técnicos do ministério, e ele (o medicamento) não tinha”, disse.

Ele relatou que se recusou a atender pedidos de pessoas cujos nomes constavam numa lista enviada ao ministério por “uma liderança política”. “Ali começou a crise com a liderança política que nós temos hoje […]. Aí chegou no final do ano, uma carreata de gente pedindo dinheiro politicamente […]. Foi outra porrada, porque todos queriam o pixulé”, acrescentou.