‘UFRN NÃO TEM COMO CHEGAR ATÉ O FIM DO ANO’, DIZ REITOR SOBRE BLOQUEIO DE R$ 24 MILHÕES NO ORÇAMENTO

O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), professor José Daniel Diniz Melo, afirmou nesta segunda-feira (30) que, se o Governo Federal não reverter o bloqueio de verbas do orçamento determinado na semana passada, a instituição não terá recursos para chegar até o fim do ano.

Segundo o reitor, a UFRN teve bloqueados cerca de R$ 24 milhões do orçamento de 2022. A verba era direcionada à parte de custeio e representa cerca de 20% de todo o orçamento previsto para o ano, que já estava reduzido, mesmo com o aumento nas despesas. O reitor diz esperar que o bloqueio seja revertido para que as atividades da universidade não sejam prejudicadas.

“É uma situação de extrema preocupação para todas as universidades. Esse bloqueio aconteceu em todas as universidades federais, em todos os institutos do País. É um bloqueio resultante da regra do teto de gastos. Essa foi a informação que recebemos”, afirmou o reitor, em entrevista à 98 FM.

E complementa: “Do ano passado para cá, a UFRN retomou suas atividades presenciais de forma integral. Isso acarreta naturalmente em aumento de custos, sem contar que tivemos reajustes importantes na energia elétrica, tanto no consumo quanto tarifa, e nos contratos de terceirização de serviços. Tivemos um aumento nos custos da instituição e uma redução no orçamento. E esse bloqueio veio para agravar a situação”.

José Daniel Diniz Melo ressalta que, mesmo com a redução inicial no orçamento, a universidade fez o planejamento para não atrasar pagamentos. No entanto, com o bloqueio, a situação fica inviável para o fim do ano.

“Se o orçamento é de pouco mais de R$ 100 milhões, fica fácil entender que a UFRN não tem como chegar até o fim do ano pagando os contratos. Trabalhamos com a possibilidade de reverter o bloqueio”, destaca o reitor.

“A universidade tinha se programado para sua execução até o fim do ano. Vamos continuar honrando com todos os nossos contratos. O bloqueio afetaria os meses finais do ano. Os reitores, ao tomarem conhecimento na semana passada, convocaram a associação de reitores. Vamos estar reunidos no fim dessa tarde para decidir, definirmos juntos, que medidas vamos tomar para que isso seja liberado”, finalizou.