“NEM ESQUERDA, NEM DIREITA. A GENTE É CENTRO”, SINALIZA WALTER PARA 2026
Uma fala do vice-governador do Rio Grande do Norte, Walter Alves (MDB), pode acender o alerta nos dois principais polos da política potiguar e reorganizar leituras sobre a sucessão estadual de 2026. Em evento de entrega de medalhas do mérito, realizado na Assembleia Legislativa do RN, ele se colocou publicamente distante do próprio grupo governista ao qual pertence e deixa aberta a possibilidade de uma nova composição política fora do eixo liderado pelo PT.
“Próximo ano é um ano movimentado, eleição geral, a democracia está aí, graças a Deus. Como diz Churchill, a democracia é o pior dos regimes, com exceção dos outros. Então, a população vai julgar, vai votar, vai decidir. Se eu pudesse escolher, hoje, Ezequiel, eu ficava sabe aonde? No centro. Nem esquerda, nem direita. A gente é centro”, cravou, levando Ezequiel junto na afirmativa ideológica.
Walter é vice-governador no governo de Fátima Bezerra (PT), uma gestão de esquerda e que já trabalha com um nome definido para a sucessão estadual: o secretário da Fazenda, Cadu Xavier, também filiado ao PT e lançado como pré-candidato do sistema governista. Ao negar alinhamento automático com a esquerda, Walter, na prática, se descola dessa construção e enfraquece o discurso de unidade do grupo que hoje ocupa o poder no Estado.
O gesto é ainda mais simbólico porque ocorre em um momento que não tratava de política.
Walter falou no púlpito do plenário da ALRN, em sessão solene, representando os agraciados de um momento de homenagens e confraternização, o que sinaliza que foi um recado político com endereço certo.
Além disso, ocorre em um contexto no qual, até pouco tempo atrás, era dada como certa a sua ascensão ao comando do Executivo estadual em abril do próximo ano, quando Fátima Bezerra deve renunciar ao cargo para disputar uma vaga no Senado. Pela lógica institucional, Walter assumiria o governo e se tornaria peça central da articulação governista. A fala, no entanto, relativiza esse roteiro e fortalece a tese de que ele pode abrir mão de sentar na cadeira de governador para preservar liberdade política e eleitoral.
Do outro lado do espectro político, Walter também fecha a porta para a direita. O campo conservador no Rio Grande do Norte tem hoje um desenho definido, com o senador Rogério Marinho (PL) como pré-candidato ao governo e o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos) e o senador Styvenson Valentim (PSDB) na disputa pelo Senado. Ao rejeitar esse campo, o vice-governador deixa claro que não pretende ser alternativa dentro da polarização tradicional entre PT e o bolsonarismo.
Esse duplo afastamento, da esquerda governista e da direita oposicionista, empurra Walter Alves para o centro do debate político, um espaço que já vem sendo ocupado pelo prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil). Allyson construiu sua imagem como um nome moderado, fora dos extremos, e hoje aparece como pré-candidato competitivo ao governo do Estado, com apoio declarado do PP e do PSD.
Nesse ponto, circulam informações nos bastidores de que Walter Alves e Allyson Bezerra mantêm conversas frequentes sobre uma possível aliança para 2026. A aproximação faria sentido do ponto de vista estratégico: Walter comanda o MDB, partido com o maior número de prefeitos filiados no Rio Grande do Norte, capilaridade fundamental em uma eleição estadual. Sem grupo, Allyson agrega capital eleitoral e um discurso de renovação que dialoga com o eleitorado urbano e do interior.
Outro elemento que fortalece essa leitura é a menção direta de Walter ao presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira. Aliados históricos, os dois já se reuniram e reafirmaram publicamente a parceria política para 2026. Ezequiel, hoje no PSDB, deve migrar para o MDB, o que ampliaria ainda mais o peso do partido no Estado. Nos bastidores, inclusive, circula a possibilidade de a irmã de Ezequiel compor uma eventual chapa como vice-governadora em uma aliança liderada por Allyson Bezerra.
“Próximo ano é um ano movimentado, eleição geral, a democracia está aí, graças a Deus. Como diz Churchill, a democracia é o pior dos regimes, com exceção dos outros. Então, a população vai julgar, vai votar, vai decidir. Se eu pudesse escolher, hoje, Ezequiel, eu ficava sabe aonde? No centro. Nem esquerda, nem direita. A gente é centro”, cravou, levando Ezequiel junto na afirmativa ideológica.
Walter é vice-governador no governo de Fátima Bezerra (PT), uma gestão de esquerda e que já trabalha com um nome definido para a sucessão estadual: o secretário da Fazenda, Cadu Xavier, também filiado ao PT e lançado como pré-candidato do sistema governista. Ao negar alinhamento automático com a esquerda, Walter, na prática, se descola dessa construção e enfraquece o discurso de unidade do grupo que hoje ocupa o poder no Estado.
O gesto é ainda mais simbólico porque ocorre em um momento que não tratava de política.
Walter falou no púlpito do plenário da ALRN, em sessão solene, representando os agraciados de um momento de homenagens e confraternização, o que sinaliza que foi um recado político com endereço certo.
Além disso, ocorre em um contexto no qual, até pouco tempo atrás, era dada como certa a sua ascensão ao comando do Executivo estadual em abril do próximo ano, quando Fátima Bezerra deve renunciar ao cargo para disputar uma vaga no Senado. Pela lógica institucional, Walter assumiria o governo e se tornaria peça central da articulação governista. A fala, no entanto, relativiza esse roteiro e fortalece a tese de que ele pode abrir mão de sentar na cadeira de governador para preservar liberdade política e eleitoral.
Do outro lado do espectro político, Walter também fecha a porta para a direita. O campo conservador no Rio Grande do Norte tem hoje um desenho definido, com o senador Rogério Marinho (PL) como pré-candidato ao governo e o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos) e o senador Styvenson Valentim (PSDB) na disputa pelo Senado. Ao rejeitar esse campo, o vice-governador deixa claro que não pretende ser alternativa dentro da polarização tradicional entre PT e o bolsonarismo.
Esse duplo afastamento, da esquerda governista e da direita oposicionista, empurra Walter Alves para o centro do debate político, um espaço que já vem sendo ocupado pelo prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil). Allyson construiu sua imagem como um nome moderado, fora dos extremos, e hoje aparece como pré-candidato competitivo ao governo do Estado, com apoio declarado do PP e do PSD.
Nesse ponto, circulam informações nos bastidores de que Walter Alves e Allyson Bezerra mantêm conversas frequentes sobre uma possível aliança para 2026. A aproximação faria sentido do ponto de vista estratégico: Walter comanda o MDB, partido com o maior número de prefeitos filiados no Rio Grande do Norte, capilaridade fundamental em uma eleição estadual. Sem grupo, Allyson agrega capital eleitoral e um discurso de renovação que dialoga com o eleitorado urbano e do interior.
Outro elemento que fortalece essa leitura é a menção direta de Walter ao presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira. Aliados históricos, os dois já se reuniram e reafirmaram publicamente a parceria política para 2026. Ezequiel, hoje no PSDB, deve migrar para o MDB, o que ampliaria ainda mais o peso do partido no Estado. Nos bastidores, inclusive, circula a possibilidade de a irmã de Ezequiel compor uma eventual chapa como vice-governadora em uma aliança liderada por Allyson Bezerra.
