O cirurgião-dentista, Marlos Gustavos de Caldas Brito, acusado de matar em outubro de 2003, a companheira Joyce Geize da Silva Borges, ouviu na madrugada desta quinta-feira (27) a sentença de seu julgamento. O júri ocorreu desde a manhã de quarta-feira (26), no Fórum Miguel Seabra Fagundes, Lagoa Nova, em Natal, e a 1ª Vara Criminal condenou o réu, julgado por homicídio triplamente qualificado, a 13 anos e seis meses de reclusão, nas penas do artigo 121 do Código Penal.
Na sentença, lida às 4h50 desta quinta-feira (27), a juíza Eliana Alves Marinho, decretou que a pena deve ser cumprida, inicialmente, em regime fechado e que se perde a possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade. A medida foi adotada visto que o crime foi cometido com uso de arma de fogo, o que demonstra utilização de violência, bem como ser pena superior a 4 anos.
No entanto, foi concedido o direito ao dentista de aguardar a sentença em liberdade, visto que o réu é primário. Segundo a sentença, a motivação do crime não ficou esclarecida, apenas sendo registrado nos autos que a relação conjugal dele com a vítima era conturbada e marcada pelo ciúme.
A defesa, no início do caso, levantou a hipótese de suicídio, que foi descartada após perícia técnica. A sentença também decretou a perda da arma apreendida, um revólver calibre 38, determinando ainda o envio para o Comando do Exército para ser destruída.
Memória
O fato ocorreu no dia 10 de outubro de 2003, por volta da 00h30, no município de Santa Cruz, na casa onde residiam, quando o dentista efetuou um disparo de arma de fogo contra a vítima, atingida na cabeça.
Segundo a denúncia do Ministério Público, à época do crime, tudo ocorreu após uma pequena discussão, o que caracterizava “futilidade do motivo”.
Cirurgião-dentista é condenado a mais 13 anos por assassinato no RN