TEMPESTADE ALBERTO MATA 4 EM CUBA
As fortes chuvas e inundações associadas à passagem da
tempestade subtropical Alberto provocaram nesta terça-feira (29) a morte de
quatro pessoas em Cuba, além de milhares de evacuados, o colapso de uma ponte e
a paralisação de uma refinaria.
"Temos quatro perdas de vidas, todas por
imprudência", disse nesta terça o ministro do Interior, Julio César
Gandarilla, durante reunião liderada pelo presidente Miguel Díaz-Canel para
avaliar os danos.
Entre os mortos está um agricultor de 77 anos, que tentou
cruzar a cavalo o Rio Caña, na cidade de Trinidad, província de Sancti Spíritus
(centro), informou a estatal Agência Cubana de Notícias.
As chuvas castigaram principalmente o centro e o oeste da
ilha. Segundo as autoridades, nas províncias centrais de Cienfuegos, Sancti
Spíritus e Villa Clara foram esvaziadas preventivamente mais de 40.000 pessoas,
mas esperava-se uma melhora das condições climáticas.
Miguel Díaz-Canel e seus ministros "analisaram a
complexa situação" e medidas para recuperar as zonas danificadas.
Em Sancti Espíritus foram contabilizadas mais de mil casas
afetadas, mas ainda não há números de todo o país.
Embora as fortes chuvas tenham cedido nas últimas horas,
ainda há rios, canais e baixios perigosos, explicou Rolando Escobar, presidente
do Conselho de Defesa de Trinidad.
A tempestade, cujo centro já está nos Estados Unidos, se
formou na sexta-feira (25) no Caribe, antes da temporada que começa em 1º de
junho. Vários rios de Cienfuegos transbordaram. Alguns bairros costeiros foram
atingidos por águas do rio e do mar. Represas da província inclusive superaram
sua capacidade.
Enquanto isso, a refinaria de petróleo de
Cienfuegos, chave para a economia cubana, interrompeu seus trabalhos devido à
inundação de seu tanque de tratamento de resíduos. Em 2017, a refinaria
processou 8 milhões de barris de petróleo, segundo cifras oficiais.