BOLSONARO DIZ QUE GUEDES 'NÃO É OBRIGADO A CONTINUAR COMO MINISTRO'


O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que o ministro da Economia, Paulo Guedes, está "no direito dele" e não é obrigado a continuar no governo, depois de ele declarar que deixará o cargo caso a reforma da Previdência apresentada pelo governo vice uma "reforminha". O comentário de Guedes ocorreu em entrevista publicada no site da revista Veja nesta sexta-feira.

— Ele tá (sic) no direito dele, ninguém é obrigado a continuar como ministro meu. Logicamente, ele está vendo uma catástrofe. E é verdade, concordo com ele. Se nós não aprovarmos uma reforma realmente muito próxima da que nós enviamos para o Parlamento — declarou Bolsonaro, no Recife, após reunião com governadores do Nordeste e de Minas Gerais.

Bolsonaro aproveitou uma reunião com governadores do Nordeste, no Recife, para fazer um apelo pela aprovação da reforma da Previdênciano Congresso Nacional.

O presidente afirmou ainda que Guedes "não é nenhum vidente, mas não precisa ser para entender que o Brasil vai viver um caos econômico sem a aprovação dessa reforma".

— Pego um avião e vou morar lá fora. Já tenho idade para me aposentar — disse o ministro, segundo a reportagem da Veja. — Se não fizermos a reforma, o Brasil pega fogo. Vai ser o caos no setor público, tanto no governo federal como nos estados e municípios.

Comissão Especial:

Cabe à comissão especial debater o mérito da proposta, ou seja, discutir efetivamente o conteúdo da reforma enviada pelo governo ao Congresso.

O projeto já está na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, onde será analisado.

Nas primeiras dez sessões, os parlamentares podem apresentar emendas para modificar o texto e, a partir da 11ª sessão, o relator pode apresentar o parecer.

O relatório, então, deverá ser votado pelos integrantes da comissão especial.

O parecer da Comissão Especial é publicado

Na Câmara:

O texto a ser aprovado pela comissão especial será enviado ao plenário da Câmara.

Por se tratar de uma emenda à Constituição, a proposta será submetida a dois turnos de votação e só será aprovada se, nas duas votações, tiver os votos de pelo menos três quintos dos deputados: 308 dos 513.

Se aprovada, a reforma seguirá para análise do Senado.

No Senado:

O parecer vai para a Comissão de Constituição e Justiça da Casa, com trâmite parecido com o da Câmara, mas não passa pela Comissão Especial.

Após votação na CCJ o texto vai direto para o plenário do Senado, onde, assim como na Câmara, será analisado em dois turnos.

No intervalo entre um turno e outro são analisadas as emendas.

Concluída a votação em segundo turno, o projeto vai para a promulgação do presidente do Senado.

A partir da promulgação, o texto passa a valer.

Mas se houver emendas, o texto pode voltar para Câmara.