MULTIDÕES TOMAM PRINCIPAIS CIDADES DO PAÍS CONTRA DESMONTE DA EDUCAÇÃO
Iniciados na manhã desta quinta-feira 30, os atos contra os
cortes na educação promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro tem crescido ao
longo do dia e já acontecem em mais de 20 estados do Brasil. Por volta de 18h,
mais de 90 cidades realizavam atos em defesa de uma educação pública e de
qualidade.
Desde o final da tarde e início da noite, começaram as
manifestações nas maiores capitais do País, São Paulo e Rio de Janeiro. Em São
Paulo, o protesto se concentra no Largo da Batata, zona oeste da capital, que
está lotado e onde lideranças estudantis discursam, como a presidente da UNE, Mariana Dias, que lembrou que
"Bolsonaro não é o rei do Brasil". Os manifestantes devem caminhar em
direção à Avenida Paulista.
No Rio de Janeiro, uma multidão se reúne da Candelária desde
as 15h e toma as ruas da região central ao cair da noite. Em Campos dos
Goytacazes, no Norte Fluminense, o ato ocorreu durante a tarde.
Brasília até o momento foi uma das maiores, com milhares de
estudantes, professores e técnicos de educação percorrendo a Esplanada dos
Ministérios.
Mais cedo, a primeira capital do país a sair às ruas em
defesa da educação foi Teresina, no Piauí. Atos contra os cortes na educação
também foram registrados no interior dos estados de São Paulo, Ceará, Bahia e
Pernambuco, e em diversas outras regiões. No interior do Ceará, houve protestos
nas cidades de Quixadá e Limoeiro do Norte, o mesmo ocorrendo em Caruaru e
Araripina, interior de Pernambuco.
Ainda pela manhã, houve atos na Bahia, na capital, Salvador,
e nas cidades de Ilhéus, Planalto e Feira de Santana. Em Goiás, os estudantes
fizeram manifestações nas cidades de Rio Verde, Catalão e Posse. Em São Carlos,
importante polo universitário no interior de São Paulo, milhares de estudantes
tomaram as ruas.
Além do corte de verbas que afeta o funcionamento de
escolas, institutos federais e universidades, os manifestantes também protestam
contra a proposta de "reforma" da Previdência, que pretende
restringir o acesso às aposentadorias.