CIDADES DO RIO GRANDE DO NORTE REGISTRAM ATOS EM DEFESA DA EDUCAÇÃO


Estudantes, professores e outras categorias fizeram manifestações em Natal e outras cidades do interior do Rio Grande do Norte nesta quinta-feira (30), contra o corte no orçamento das instituições públicas de ensino superior e também a reforma da previdência. Atos e paralisações aconteceram em outros os estados e no Distrito Federal nesta quinta.

Em Natal, o protesto começou por volta das 15h, no cruzamento entre as avenidas Bernardo Vieira e Salgado Filho. Os manifestantes seguem em passeata em direção ao bairro de Candelária, na Zona Sul, pela BR-101, como aconteceu em 15 de maio.

No caminho, houve um conflito com partidários do presidente Jair Bolsonaro, em frente à sede do Partido Social Liberal (PSL) em Natal. A Polícia Militar interveio e acabou a confusão. Um policial foi atingido por uma pedrada. A manifestação ainda está em andamento.
Na cidade de Nova Cruz, estudantes secundaristas se juntaram em frente à sede do IFRN no município e depois ganharam as ruas da cidade, com cartazes contra os cortes na educação.
Em Assu, na região Oeste, estudantes e professores também saíram em passeata com cartazes que faziam críticas aos cortes e também à reforma da previdência.
Em Mossoró, também no Oeste, os estudantes saíram pelas ruas da cidade com faixas e cartazes. Eles se concentraram em um ponto central do município e depois seguiram em caminhada.

Entenda os cortes na educação

Em decreto de março que bloqueou R$ 29 bilhões do Orçamento 2019, o governo federal contingenciou R$ 5,8 bilhões da educação

Desse valor, R$ 1,704 bilhão recai sobre o ensino superior federal

Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado

Os cortes e a suspensão motivaram os protestos de 15 de maio

Após os atos, o governo disse que liberaria mais recursos para a educação, mas manteve o corte já anunciado em março

Nesta quinta, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos recomendou que o governo reveja os bloqueios