ROBINSON REPETE EM 2018 A ESTRATÉGIA DE FRANCISCO JOSÉ JUNIOR EM 2016
Robinson segue tática parecida com a de antigo pupilo |
Há dois anos, Francisco José Junior reunia em um hotel de
Mossoró uma montanha de gente formada por16 partidos e centenas de líderes
comunitários que lhe manifestaram apoio. O prefeito mais impopular da história
da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte tinha certeza de que esse apoio
lhe daria competitividade.
Mas a montanha de gente pariu um rato de votos e o então
prefeito caiu fora da reeleição de forma melancólica.
Era a velha confusão entre viabilidade política e
viabilidade eleitoral que os homens e mulheres públicos fazem. O prefeito era
eleitoralmente inviável por causa da baixa popularidade, mas tinha alguma
sustentação política no projeto de reeleição cuja tendência (confirmada) era de
se esvair.
Agora o governador Robinson Faria (PSD) adota a tática do
outrora pupilo de Mossoró. Ele se aproximou dos prefeitos das cidades menores
como atalho para conquistar o voto de um eleitor teoricamente menos exigente e
mais fiel aos líderes políticos locais. Robinson já reúne em torno de si algo
em torno de 10 partidos.
Esse quadro por si só garante ao governador a viabilidade
política para entrar na disputa. O problema é que nem sempre a viabilidade
política garante o principal: a viabilidade eleitoral. A junção dessas
variáveis políticas é fundamental para vitórias nas urnas.
Ter viabilidade eleitoral sem muito apoio político deixa a
campanha capenga, mas ter a viabilidade política estando eleitoralmente
inviável é certeza de ser abandonado ao longo do pleito num vexame monumental.
O case de Francisco José Junior está aí e o
governador conhece bem a história. Vale lembrar que o próprio Robinson
aconselhou o outrora pupilo a não tentar a reeleição. Deu no que deu.