BOLSONARO RECUA E REVOGA DECRETO DAS ARMAS


O presidente da República Jair Bolsonaro recuou em uma das suas principais propostas da campanha eleitoral e decidiu revogar o decreto das Armas na tarde desta terça-feira (25). A medida da Presidência ocorre um dia antes de a Câmara dos Deputados analisar o decreto.

Havia a forte possibilidade de derrota do governo, tal como ocorreu na votação do Senado, quando por 47 votos a 28, os senadores derrubaram os decretos que facilitaram o porte e a posse de armas de fogo. A decisão foi anunciada no Congresso pelo ministro –chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

O decreto das Armas era alvo de críticas de parte dos parlamentares desde que foi instituído pelo presidente da República. Crítico dos decretos de Bolsonaro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse considerar que a defesa do decreto feita pelo governo era "frágil". O democrata chegou a afirmar que  a decisão do Senado iria embasar a discussão na Câmara dos Deputados.

Nesta tarde, o pouco, o presidente da Câmara foi questionado se foi informado sobre a revogação do decreto, e confirmou que teria tido a conversa com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

"Foi o que ele (Onyx) me falou mais cedo. Que o governo entendia, o que nós conversamos nos últimos dias, que o melhor encaminhamento era um bom acordo, que preservasse aquilo que é constitucional no decreto, e aquilo que não couber no decreto encaminhasse em um projeto de lei".

De acordo com Maia, o tema é considerado muito polêmico.

"Eu acho que o governo compreendeu que é o melhor caminho para que não pareça que é um movimento contra o governo, contra aqueles que defendem o uso de arma, mas é um tema muito difícil, muito