“FÁTIMA PODE SOFRER UM COLAPSO POLÍTICO COMO DILMA”, AFIRMA KELPS
Deputado defende que a governadora eleita precisará tomar
atitudes drásticas e antipáticas para recuperar a economia do Executivo do Rio
Grande do Norte, ou poderá sofrer consequências negativas
O deputado estadual Kelps Lima (Solidariedade) afirmou que,
caso a governadora eleita Fátima Bezerra (PT) evite tomar atitudes drásticas
para recuperar a economia do Executivo, ela pode acabar sofrendo um colapso
político similar ao da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016.
“O maior problema de Fátima é que a plataforma política dela
é completamente contrária às medidas necessárias [para cortar custos]. Pode
haver um colapso político como o de Dilma. Dilma baixou forçosamente o preço da
gasolina e da energia, e vendeu o país. Ela não aguentou e acabou cassada”,
analisou o deputado em entrevista à 96FM.
Na avaliação de Kelps, os dois maiores problemas do Estado
são a folha de servidores e a previdência. Ele crê que a futura governadora
terá de tomar medidas antipáticas nestas áreas para começar o processo de
conserto financeiro do RN.
“A solução requer um processo. Os grandes problemas hoje são
a folha e a previdência. Não tem como não mexer nisso com medidas antipáticas.
Contudo, elas precisam ser pactuadas com o servidor; olhando nos olhos”.
Para o parlamentar, demitir servidores deve ser uma decisão
tomada em última instância; é preferível que não se façam concursos públicos,
inclusive voltados para segurança. Ele acredita que o RN não precise disso, mas
sim de ações voltadas para as políticas de recursos humanos.
“Eu não contrataria mais. Me assusta quando o Estado fala em
concurso público. Acho que não se deve fazer mesmo para a segurança. Temos um
dos quatro maiores efetivos por habitante do Brasil. Não precisa”.
Até o momento, segundo Kelps, Fátima ainda não deu sinais
positivos que projetem uma boa gestão financeira. Ele se disse preocupado.
“Torço para que a gestão dela dê certo, mas os primeiros movimentos não indicam
isso. O maior problema do Estado são a previdência e o servidor, mas Fátima não
anunciou uma medida objetiva nessas áreas. Sem isso, não tem administração”,
pontuou.
Recentemente, Fátima compareceu à Assembleia Legislativa,
oportunidade em que Kelps a questionou sobre a previdência. O deputado contou
que ficou receoso com a resposta da petista.
“Ela disse que não sabe [o que vai fazer], e que ainda está
estudando os números da transição. É público que há um rombo de mais R$ 100
milhões por mês. Como uma candidata é eleita e ainda não sabe o que vai fazer
com o maior problema do Estado? Espero que o projeto dela seja bom, mas ele
ainda não apareceu. Dá margem para gente interpretar que ele não existe e isso
é assustador”, finalizou o deputado.