MAIOR HOSPITAL DO RN CORRE RISCO DE FICAR SEM CILINDROS DE OXIGÊNIO



O hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, o maior do Rio Grande do Norte, corre risco de ficar sem cilindros de oxigênio para transferência de pacientes nos setores da unidade ou outros hospitais.
De acordo com Manoel Egídio da Silva Júnior, enfermeiro do Walfredo Gurgel, nesta sexta-feira havia apenas seis cilindros disponíveis. Ele – que também é coordenador do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde do RN (Sindsaúde) – esclareceu que esses suportes são os de pequeno porte, usados para transferência de pacientes.
E que a falta de reposição pode gerar um problema maior dentro do hospital. Isso porque, caso o hospital precisa transferir uma pessoa para abrir vaga para outra, sem o oxigênio, isso não será possível.
Também fica impossibilitado o transporte de um paciente em estado grave para a realização de algum exame. “É uma bola de neve”, disse, enfatizando que o problema pode ocasionar o travamento do hospital.
Manoel Egídio estava no plantão, na noite de quinta-feira, e por falta de um desses cilindros no setor que estava precisou recorrer ao suporte mantido na UTI para transferir um paciente. Em situações normais, cada setor do Walfredo Gurgel fica com um cilindro do tipo.
Segundo o enfermeiro, nesta sexta-feira só havia seis suporte de oxigênio do tipo e todos estavam destinados a serem usados somente em casos de emergência.
“Esse número aí talvez segure o final de semana”, observou, referindo-se à quantidade de cilindros.
O coordenador do Sindsaúde informou também que em comunicação com a empresa responsável por abastecer a unidade de saúde com esse tipo de cilindro, foi informado que a carreta estava a caminho. E que assim que chegasse iria levar o suprimento até o hospital.
Segundo ele, o temor era que o veículo não conseguisse vencer os bloqueis nas rodovias do Rio Grande do Norte.
Hospital é afetado pela falta de alimentos
O enfermeiro informou que também já está havendo a falta de alguns gêneros alimentícios. “Não conseguiram abastecimento com relação a arroz, macarrão, batata. Isso não conseguiu chegar”.
A falta desses gêneros afeta pacientes e seus familiares, que dependem das refeições produzidas no hospital para permanecerem dando o apoio necessário aos doentes.
Manoel Egídio trabalha no Walfredo Gurgel desde 2001. E conta que nunca tinha visto uma situação como essa causada por um problema externo.