GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA NO MAR COMEÇARÁ POR GUAMARÉ



A planta-piloto de geração de energia eólica no mar que a Petrobras vai colocar em funcionamento no Rio Grande do Norte em 2022 ficará na costa de Guamaré, distante 173 km de Natal. É o que revelou Clóvis Corrêa, gerente de ativos da estatal, em entrevista concedida nesta sexta-feira, 27, ao PORTAL NO AR no último dia do 10º Fórum Nacional de Energia Eólica que acontece desde a quarta-feira passada, 25, na Escola de Governo, que fica no Centro Administrativo do Estado.

“Nossa planta vai funcionar próximo de uma plataforma em Ubarana”, declarou Corrêa, citando o campo que conta com 14 plataformas fixas na costa de Guamaré. Foi nesse complexo, inclusive, onde a Petrobras começou a estudar a viabilidade da geração de energia eólica no mar, em estruturas chamadas de offshores.

“Em 2013, fizemos um projeto para medir o vento no mar. Colocamos uma torre de medição na plataforma PUB-2 e, ao lado desse equipamento, um aparelho de raio laser. Calibramos esse aparelhinho em conformidade com a torre, da qual já conhecíamos a precisão, e depois começamos a fazer a medição em outros pontos, criando assim um mapa eólico”, explicou.



Clóvis, gerente de ativos da Petrobras (Foto: Ayrton Freire/Portal No Ar)
A vantagem da geração no mar é que os aerogeradores, ou turbinas eólicas, podem ter capacidade maior do que os instalados em terra, devido a possibilidade de maior altura dos equipamentos e à constância mais perene dos ventos no mar. “Sobre as águas, o vento praticamente não para, diferente do que acontece na terra”, ressaltou Corrêa.

Em entrevista concedida ao PORTAL NO AR na última quarta-feira, 25, o presidente do Conselho de Energias Renováveis da FIERN, Sérgio Azevedo, explicou as razões que levaram a Petrobras a querer instalar a planta-piloto no Rio Grande do Norte. “Além do enorme potencial eólico do nosso Estado, o Rio Grande do Norte tem também a vantagem de ter uma costa de baixa profundidade, se comparada com outros Estados, e isso implica em menor custo na implantação das estruturas offshore”, analisou Azevedo.