QUEM ESTIVER INELEGÍVEL PELA FICHA LIMPA ESTÁ ‘FORA DO JOGO’, DIZ FUX
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) será inflexível com
candidatos ficha-suja que pretendem disputar as eleições de outubro. Foi o que
disse nesta 5ª feira (26.jul.2018) o presidente da Corte, o ministro Luiz
Fux. Segundo o ministro, quem estiver inelegível pela Lei da Ficha Limpa “está
fora do jogo democrático”.
As declarações foram feitas durante evento no qual o
TSE recebeu lista do TCU (Tribunal de Contas da União) com nomes de 7,4
mil gestores públicos que tiveram as contas rejeitadas por tribunais de contas
por irregularidades insanáveis. Com base nas informações, a Justiça Eleitoral
poderá rejeitar os registros de candidatura dos citados.
Luiz Fux deixará o comando da Corte eleitoral no dia 14 de
agosto, quando será substituído pela ministra Rosa Weber. A ministra será
responsável por comandar a Justiça Eleitoral durante as eleições de outubro.
Os nomes listados se referem a agentes públicos que atuaram
como responsáveis pelo gerenciamento de recursos públicos federais antes das
eleições.
O TSE vai publicar os nomes para que o Ministério Público
Eleitoral (MPE), partidos e coligações possam impugnar eventuais candidaturas
de quem estiver com a restrição. As contestações poderão ser feitas na Justiça
Eleitoral a partir de 15 de agosto, quando termina o período de registro das
candidaturas.
De acordo com a Lei da Ficha Limpa, quem exerceu cargo ou
função pública e teve as contas de sua gestão rejeitadas, e não há mais como
recorrer da decisão, não pode se candidatar a cargo eletivo nos 8 anos
seguintes após a data da decisão final do tribunal de contas.
O presidente do TSE, ministro Luiz Fux, lembrou que a
presença do eventual candidato na lista é o primeiro indício de que ele poderá
ser considerado “ficha suja”, no entanto, o caso deverá ser julgado pela
Justiça Eleitoral.
Segundo Fux, a Justiça Eleitoral está preparada para julgar,
de forma célere, os pedidos de candidaturas que podem estar com problemas antes
do pleito.
“A nossa preocupação é dar ao cidadão o conhecimento das
pessoas que estão se candidatando na eleição. O cidadão tem o direito de saber
como é a vida pregressa daquela pessoa que ele vai indicar como seu
representante na casa do povo”, afirmou.
(Com informações da Agência Brasil)