PRIMEIRO COLOCADO EM MEDICINA DA UFRN É CAMPEÃO ESTADUAL E REGIONAL DE QUÍMICA

Pedro Saraiva Ramos foi o primeiro colocado em medicina na UFRN no Enem de 2018 — Foto: Arquivo Pessoal

O primeiro lugar no curso de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Pedro Saraiva Ramos, tem 17 anos e conta que fez o Exame nacional do Ensino Médio pela primeira vez, “valendo”, no ano passado. “Mas fiz a prova como teste desde o 9º ano”, recorda.

Pedro cursou em 2018 o 3º ano do ensino médio e, durante os anos de aluno no Colégio Nossa Senhora das Neves, colecionou medalhas em olimpíadas estudantis.

Ele venceu a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, também ganhou a de Matemática, por três vezes levou o ouro na Olimpíada Estadual de Química, foi menção honrosa na nacional e venceu também a Olimpíada do Norte/Nordeste de Química.

Sobre a medicina, diz que escolheu o curso depois de conversar com o irmão, que é aluno da graduação. “O meu irmão faz o curso e o contato que eu tive, mesmo que pouco e superficial, me despertou um certo interesse. Então, ponderando esse aspecto e outros, a decisão a que cheguei foi essa”, afirma.

Preparação

“Pude relaxar mais no 3º ano, que eu acho que é importante também”. Pedro Saraiva Ramos afirma que a dedicação desde o início da escola, procurando absorver os conteúdos mesmo quando ainda estava no ensino fundamental, permitiram que ele conseguisse ter uma rotina mais tranquila no ano em que prestou o Enem. “Não foi só um ano de preparação, foram vários”.

Aluna nota 1000 na redação foi aprovada para Medicina

Carolina Mendes Pereira, de 18 anos, obteve nota 1000 na redação e foi aprovada em 11º lugar para o curso de medicina da UFRN, na mesma turma de Pedro. “Vi (o resultado) no computador. Foi muito eufórico, mas fiquei muito aliviada”, conta.

A estudante fez a prova pela segunda vez em 2018. Ela concluiu o ensino médio em 2017. A escolha da medicina como profissão aconteceu depois de um minicurso de anatomia que fez na Universidade Federal, quando ainda cursava o ensino médio.

“Os motivos reais, que talvez antes eu não soubesse e agora tenho com mais clareza, foram aparecendo. Poderia resumir em três pilares: um é a parte de estudo. Eu gosto muito de biologia, de química. Segundo que eu quero muito ser gente que trabalha com gente, poder ter uma perspectiva muito humana, que eu acho que falta muito. E terceiro que eu quero, sempre que puder, dar auxílio à minha família”.

Carolina Mendes afirma que a avó, que sofre de uma demência cognitiva, também foi importante para que tomasse a decisão. “Eu quis ser uma médica na família para ser esse amparo. Minha avó foi muito importante para isso tudo, para ver que eu queria muito poder ajudar”.
Estudante potiguar Carolina Mendes concluiu o ensino médio em 2017 e conseguiu nota 1000 na redação do Enem 2018 — Foto: Arquivo Pessoal