WAGNER MONTES MORRE NO RIO, AOS 64 ANOS
Wagner Montes morreu neste sábado, aos 64 anos. Nascido em
Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o jornalista e político era formado em
Direito pela Universidade Gama Filho e estava internado há dois meses no
hospital Barra D'Or. Ele faleceu às 11h30 devido a um choque séptico e sepse
abdominal.
A família de Wagner Montes está em contato com o cerimonial
da Assembleia Legislativa (Alerj) para definir o horário do velório, que deverá
ser realizado neste sábado no Palácio Tiradentes, sede do parlamento fluminense.
Já o sepultalmento deve acontecer no domingo e deve ser reservado à família e
amigos.
Wagner ganhou notoriedade ao apresentar noticiários
policiais, de cunho popular, no rádio e na televisão. Com pitadas de humor,
adotava o bordão "escraaacha". Em 2018, foi eleito deputado federal
pelo PRB com 65.868 votos para um mandato que iria até 2022. Ele já havia
atuado como deputado estadual de 2007 a 2018, passando também por partidos como
PDT e PSD. Nas Eleições de 2010, obteve 528.628 votos, tendo sido o candidato
mais votado.
Homenagens
Após a notícia da morte ser divulgada, várias personalidades
manifestaram seus sentimentos.
"É com profundo pesar que recebemos a notícia do
falecimento do deputado federal, Wagner Montes (PRB). Somos solidários aos
familiares e amigos neste momento difícil", afirmaram em nota a direção do
PRB do Rio de Janeiro, partido de Wagner.
"É com profundo pesar que lamento a morte do advogado,
apresentador e deputado federal eleito Wagner Montes. Minhas condolências à sua
esposa, Sônia Lima, em nome do PRB, partido ao qual Wagner Montes nos deu a
honra da sua filiação. O jornalismo, o Rio de Janeiro e o parlamento brasileiro
perdem com seu falecimento", postou no Twiter Marcos Pereira, presidente
Nacional do PRB.
Biografia
Montes começou sua carreira como jornalista em 1974 na Super
Rádio Tupi e, em 1979, tonou-se apresentador do programa "Aqui e
Agora", da TV Tupi. Ele também trabalhou por 17 anos no SBT, emissora na
qual participou de programas como "O Povo na TV" e como jurado do
"Show de Calouros". Ele atuou ainda nas rádios Record e América, em
São Paulo, e na Manchete, no Rio, e também na Rede CNT.
Em 2003, migrou para a TV Record e apresentou os programas
"Verdade do Povo", "Cidade Alerta Rio", "RJ no
Ar" e "Balanço Geral", todos com foco no Rio de Janeiro. A boa
audiência do "Balanço Geral" fez com que o programa fosse replicado
em quase todos os outros estados na grade da emissora. Nas eleições de 2006,
Montes se afastou da TV para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa do
Rio. Foi o terceiro mais votado, na ocasião pelo PDT, com mais de 100 mil
votos. Em fevereiro de 2007 inaugurou a coluna semanal
"Escraaaacha!", publicada às sextas-feiras no jornal
"Meia-Hora".
Primeiro vice-presidente da Alerj na legislatura que foi de
2015 a 2018, Montes chegou a presidir o parlamento fluminense na ausência de
Jorge Picciani (MDB), ex-presidente da Casa que está em prisão domiciliar.
Montes, porém, não chegou a se manter na presidência por motivos de saúde e,
com isso, o comando do parlamento fluminense acabou caindo nas mãos de André
Ceciliano (PT), segundo vice-presidente.
Em de novembro de 1981, Montes sofreu um acidente com um
triciclo e precisou amputar a perna direita. Para se locomover, usava uma
prótese. Montes deixa a mulher, Sônia Lima, e dois filhos - um, fruto do
relacionamento com Sônia; outro, fruto de um relacionamento com a Miss Brasil
de 1983, Cátia Pedrosa.