MACAU: DEPOIS DO MOINHO DE VENTOS, O RISCO QUE CORRE A PRAIA DE CAMAPUM


A inesperada tragédia com o Moinho de Ventos-monumento de tecnologia inglesa do século XIX, importado para Macau em 1910, pode se repetir com outro cartão postal da cidade: a Praia de Camapum.

No caso do Moinho Halladay, único de vários que existiam no antigo aterro das salinas e que resistiu ao tempo, já totalmente recuperado duas vezes, em 1975 (ano do centenário da cidade), e em 1995 (Governo Manoel da Cruz-Tatá), a força de uma rajada de ventos de cerca de 50 km por hora, levou parte do monumento na tarde desta segunda-feira, 7.

Em relação à Praia de Camapum-área urbanizada no final da década de 80 (governos José Oliveira/Afonso Lemos), essa não é a primeira vez que área vive a ameaça de sumir do mapa. A força das marés de janeiro tem exigido esforço de gestões municipais, ao longo desses anos para conter o mar que avança sobre o calçadão.

Depois dos gabiões (muros de pedras engaioladas) levados pelo mar, a última grande reforma na área, expandiu a faixa de areia para os banhistas, implantou guardas corpos, academia, churrasqueiras, calçadão e um novo muro de contenção. Mas, nada disso foi suficiente para acalmar as correntes marítimas e como acontece em toda a costa potiguar, a ameaça de desabamento do calçadão é eminente.

Na atual gestão, a prefeitura não avançou com as medidas protetivas e de prevenção, embora o mar tenha “mandado seus recados”, com as marés altas de janeiro e os ventos fortes de agosto. A preocupação com o que poderá acontecer na área é visível, entre os frequentadores da praia, moradores e barraqueiros, embora não exista qualquer mobilização por parte destes para cobrar medidas das autoridades e o assunto fique limitado às redes sociais e corra a boca miúda nas rodas de conversa.

A hora é de olhar para Camapum, antes que seja tarde!