DESASTRE ECONÔMICO: EM DOIS ANOS DE GOVERNO BOLSONARO, BANCOS E CONSTRUTORAS PERDERAM R$ 196 BILHÕES EM VALOR DE MERCADO


Com dois anos de governo Bolsonaro, os bancos e as construtoras valem R$ 196 bilhões a menos, em valor de mercado, ao mesmo tempo em que o mercado de ações parece ter se recuperado do tombo da pandemia.

Valor de mercado “é o resultado do número de ações de uma empresa multiplicado pelo preço dos papéis. Não seria o preço da empresa caso ela fosse incorporada, nem tem a ver com seu lucro, mas mostra o quanto ela vale aos olhos dos mercados.

Quando se leva em consideração todas as empresas da Bolsa brasileira, o valor de mercado hoje é de R$ 854 bilhões maior do que há exatos dois anos.

Ao ser comparado com as companhias que compõem os 21 diferentes índices setoriais e amplos usados na Bolsa, só o valor de mercado dos setores imobiliário e financeiro é que caiu.

Segundo o estudo, o valor de mercado de todas as empresas da B3 em setembro de 2012 era de R$ 2,28 trilhões. Hoje chega a R$ 4,94 trilhões, um crescimento de 116,6% em nove anos.

Na comparação com outros setores, os bancos perderam R$ 192 bilhões. O valor de mercado reunido no índice das instituições financeiras, que era de R$ 1,336 trilhão em setembro de 2019, foi para 980 bilhões em 2020 e agora chegou a R$ 1,144 trilhão. Percentualmente, é uma queda de 14,3% e dois anos.

Por sua vez, o valor das empresas que atuam no setor imobiliário (construtoras e incorporadoras que compõem o índice apelidado de Imob) foi de R$ 87 bilhões para R$ 80 bilhões, agora atingiu R$ 83 bilhões. Para este setor, a queda foi de quase 4,5% no período.

O que explica o pessimismo e a perda de valores desses dois setores? No setor imbobliário houve um aquecimento da construção durante a pandemia, porém, o aumento da taxa de juros dificulta o acesso ao crédito e isso afeta diretamente a tomada de decisão na hora de comprar um imóvel.

No setor bancário a perda de valor está relacionada com a demora da reforma tributária e o aumento do desemprego que reduz o seu potencial de ganhar no mercado: as pessoas estão gastando e usando menos crédito.

O estudo comparado da Economatica pode ser conferido aqui.
MTST ocupa Bolsa de Valores de São Paulo

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realiza na tarde desta quinta-feira (23) uma ocupação na sede da Bolsa de Valores de São Paulo, a Bovespa.

“Ocupamos a bolsa de valores de São Paulo, maior símbolo da especulação e da desigualdade social. Enquanto as empresas lucram, o povo passa fome e o trabalho é cada vez mais precário. Quem segura o Bolsonaro lá são os donos do Mercado! #TáTudoCaro#ACulpaÉdoBolsonaro“, disse o MTST em publicação no Twitter.

O coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, disse que o protesto é contra a fome e o desemprego. “É o Brasil real na Bovespa!”, disse. “A voz do povo pela primeira vez na Bovespa!’, afirmou, ao compartilhar foto da ação.

Cartazes levados pelo movimento traziam as seguintes mensagens: “Sua ação financia nossa miséria”, “Tá tudo caro e a culpa é do Bolsonaro”, “Brasil tem 42 novos bilionários enquanto 19 milhões passam fome” e “Tem gente ficando rica com a nossa fome”.