IPEC: LULA LIDERA PESQUISA ELEITORAL PARA 2022 COM MAIS DE 20 PONTOS À FRENTE DE BOLSONARO


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto na disputa eleitoral para a Presidência da República em 2022, de acordo com pesquisa do Ipec divulgada nesta quarta-feira (22) pelo Jornal Nacional, da TV Globo.

Segundo o levantamento, que analisou dois possiveis cenários, o petista aparece com mais de 20 pontos percentuais à frente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O quadro é de estabilidade em relação à pesquisa anterior.

Na primeira simulação de possiveis candidatos, Lula apresenta 48%, Bolsonaro, 23%, Ciro Gomes (PDT), 8%, João Doria (PSDB), 3%, e Luiz Henrique Mandetta (DEM), 3% de intenções. Os votos brancos ou nulos somam 10%. Não sabem ou preferiram não responder são 4%.

O levantamento foi feito entre os dias 16 e 20 de setembro e a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

No segundo cenário analisado pelo instituto, com outros concorrentes, Lula teria 45% das intenções de voto, e Bolsonaro aparece com 22%.

(Brasília - DF, 13/11/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro durante Jantar oferecido em homenagem aos Líderes do BRICS. Foto: Alan Santos/PR////////Former Brazil president Luiz Inacio Lula da Silva holds a rally in Recife, Brazil November 17, 2019. REUTERS/Adriano Machado

Ciro Gomes, com 6%, vem na sequência; o ex-juiz Sergio Moro teria 5%; o apresentador José Luiz Datena aparece com 3% das intenções; o governador de São Paulo, João Doria, tem 2%; Mandetta tem 1%; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, teria 1%; e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e a também senadora Simone Tebet (MDB-MS) não pontuam.

Brancos e nulos somam 9%. Não sabe ou não responderam somam 5% dos eleitores ouvidos pela pesquisa do Ipec.

Para este levantamento, o instituto ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios. O nível de confiança é de 95%.

Na pesquisa anterior do Ipec, em junho, o ex-presidente Lula aparecia com 49% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro.

Na sequência, segundo o levantamento, estavam Ciro Gomes (PDT), com 7%, e Doria, com 5%. Já o ex-ministro Mandetta marcava 3%. Outros 10% diziam preferir votar em branco ou nulo —3% não responderam.

Na última semana, pesquisa Datafolha já havia mostrado Lula com larga vantagem sobre Jair Bolsonaro na disputa eleitoral.

No levantamento foram ouvidos 3.667 eleitores de forma presencial em 190 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

O Datafolha fez quatro simulações de primeiro turno, duas delas comparáveis com levantamentos anteriores, e duas novas.

Nos cenários comparáveis, há estabilidade em relação à rodada anterior feita pelo Datafolha, em julho.

Lula oscila de 46% para 44% e Bolsonaro, de 25% para 26%, numa hipótese em que o candidato tucano é João Doria (SP), que passa de 5% para 4%. Nesse cenário, Ciro Gomes (PDT) segue em terceiro (de 8% para 9%), tudo dentro da margem de erro.

O petista vai de 46% para 42%, e Bolsonaro se mantém em 25%, na simulação em que o nome do PSDB é Eduardo Leite (RS) —que oscila de 3% para 4%. A diferença no cenário com o gaúcho é que Ciro Gomes (PDT) pula de 9% para 12%.

Os novos cenários tampouco alteram a equação. No mais fechado, só com Lula, Bolsonaro, Ciro e Doria, eles mantêm as distâncias registradas em outras simulações.

Os quatro primeiros colocados do cenário fechado ficam onde estão, e um pelotão de nomes ventilados por partidos e políticos recentemente se forma empatado tecnicamente com Doria.

São eles o apresentador José Luiz Datena (PSL, 4%), a senadora Simone Tebet (MDB, 2%), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM, 1%), e o ex-ministro Aldo Rebelo (sem partido, 1%). O senador Alessandro Vieira (Cidadania), que como Tebet tenta a sorte a partir do palanque obtido na CPI da Covid, não pontuou.

Também de forma homogênea, os cenários incluem cerca de 10% de votos brancos, nulos ou em nenhum dos indicados.

O Ipec também perguntou aos entrevistados sobre como avaliam o governo Bolsonaro. Mais da metade (53%) respondeu "ruim ou péssimo".

Ótimo/bom teve 22%; regular 23%; ruim/péssimo 53%; não souberam ou preferiram não responder 1%.

Somados, os itens "ótimo" e "bom" correspondem ao percentual de aprovação do governo, enquanto "ruim" e péssimo" se referem ao de reprovação. Ou seja: na prática, mais da metade dos entrevistados reprova a gestão de Bolsonaro.

O Ipec foi criado em fevereiro por ex-executivos do Ibope Inteligência, que encerrou suas atividades em janeiro deste ano em razão do término de um acordo de licenciamento com a Kantar Group.

O novo instituto tem "a mesma capacidade operacional, técnica, metodológica e de atendimento aos clientes" do antigo Ibope, segundo disse ao UOL Márcia Cavallari Nunes, CEO da marca.

Colaborou UOL