BOLSONARO PRECISA SE POSICIONAR EM REPÚDIO À RÚSSIA, DIZ MORO


Pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, Sergio Moro defendeu neste sábado (26.fev.2022) que o Brasil se posicione de forma “clara” em repúdio à invasão da Rússia contra a Ucrânia. Em transmissão realizada em seu perfil nas redes sociais, o ex-juiz conversou com o deputado Heni Ozi Cukier (Novo-SP) sobre a escalada de tensão no leste europeu.

“Quem fala pelo Brasil nesse assunto é o Presidente da República. Não adianta o Itamaraty, o vice-presidente, o presidente do Senado ou o presidente da Câmara se posicionarem. Agora pelo Brasil, fala o Presidente da República. Ele precisa se posicionar claramente em repúdio a essa invasão e em favor da soberania da Ucrânia”, afirmou Moro.

O ex-ministro da Justiça ressaltou que não defende a entrada do Brasil no conflito. Disse também que “gostamos muito da Rússia” e que a política externa brasileira deve ser da “boa vizinhança”.

Na live, o ex-ministro da Justiça disse também que regimes de força, como os russos querem implementar, “não se sustentam”. Segundo ele, a população ucraniana é muito grande, mais de 40 milhões de pessoas, o que dificulta a imposição de um governo autoritário.

“Ainda que eles [russos] ganhem, o povo ucraniano está lá resistindo. É muito cedo para falar em qualquer espécie de vitória, mas é uma vitória com prazo contato”, completou.

PT APOIA DITADURA

Moro voltou a criticar o posicionamento do PT durante a transmissão ao vivo. Mais cedo, em seu perfil nas redes sociais, ele disse que o partido e o presidente Jair Bolsonaro (PL) estão alinhados à Venezuela, Nicarágua e Cuba, ditaduras que declararam apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia.


Em nota, o PT no Senado culpou os Estados Unidos pelos ataques da Rússia contra a Ucrânia. Posteriormente, a bancada do partido no Senado publicou outra nota afirmando que o texto divulgado “tratava-se de uma sugestão de nota e não reflete a opinião do conjunto dos senadores”. Eis a íntegra da nota divulgada inicialmente.