GOVERNADORA LANÇA PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA O BAIXO-AÇU E ANUNCIA INVESTIMENTOS
A previsão de chuvas na região para o período de março, abril e maio próximo, feita pelo setor de meteorologia da Emparn, é de 350 milímetros, como informou o meteorologista Gilmar Bristot. Na quarta-feira (23), ao apresentar o prognóstico sobre a quadra chuvosa no Semiárido do Nordeste, Bristot informou que uma das peculiaridades do inverno de 2022 é a possibilidade de ocorrerem chuvas com mais frequência nas cabeceiras dos rios, o que beneficiaria a recomposição dos reservatórios como a Barragem Armando Ribeiro, que acumula hoje 46% da capacidade total, que é de 2,37 bilhões de metros cúbicos.
A governadora informou que o Governo do Estado investiu R$ 5 milhões para equipar e modernizar o sistema de monitoramento de chuvas da Emparn. "Temos hoje o que há de melhor na tecnologia para que possamos prevenir dificuldades. E esta tecnologia foi usada para elaborarmos o plano. O Vale do Açu é região sensível a inundações e alagamentos, por isso estamos aqui para dialogar com os setores público e privado. Tivemos problemas há alguns anos que provocaram enormes prejuízos às pessoas e às empresas e produtores. A presença de vocês vejo como um compromisso em somar esforços para agirmos em proteção à sociedade", declarou aos prefeitos dos municípios presentes ao ato.
NOVOS INVESTIMENTOS
Fátima Bezerra também anunciou investimentos de mais de R$ 90 milhões que contemplam a reconstrução da RN-233 no valor de R$ 73 milhões, a instalação de um posto avançado do Corpo de Bombeiros para atender Assu e outros 16 municípios do entorno beneficiando 200 mil habitantes, com investimento de R$ 3,5 milhões. Mais R$ 3,2 milhões serão investidos na reforma do Hospital Regional de Assu.
A chefe do Executivo confirmou para amanhã o acionamento da comporta da Barragem do Pataxó, e a assinatura, nos próximos dias, da ordem de serviço para segunda fase da reforma da Barragem no valor de R$ 11 milhões. A primeira etapa da recuperação de Pataxó realizada pelo atual Governo permitiu a irrigação de 6 mil hectares que estão sendo cultivados e gerando seis mil empregos diretos.
Para o coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Marcos Carvalho, o plano considera diversos fatores, com diferentes cenários. "Inclusive aqueles mais extremos, para os quais precisamos prever as ações e medidas necessárias de prevenção, urgência, emergência. Não estamos dizendo que esse extremo vai, ou pode ocorrer amanhã, ou depois. Mas devemos sempre considerar que é possível. E, havendo possibilidade, deve ser contemplado no Plano de Contingência”, reforçou.
Em Assu a governadora esteve acompanhada dos secretários de Estado de Gestão de Projetos, Metas e Relações Institucionais, Fernando Mineiro; do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Calado; da Comunicação, Daniel Cabral; Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), João Maria Cavalcanti; Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), Guilherme Saldanha; coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil (Copdec), coronel Marcos Carvalho, subcoordenador da Copdec, Dawshen Viana; comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Luiz Monteiro; diretor-geral do DER, Manoel Marques; Rodrigo Maranhão, diretor da Emparn; meteorologista da Emparn Gilmar Bristot; diretor-geral do Instituto de Gestão de Águas do RN (Igarn), Auricélio Costa.
Também participaram os prefeitos dos municípios do Baixo-Açu, o deputado estadual George Soares, representando a Assembleia Legislativa, vereadores e secretários municipais.
AÇÕES DO PLANO DE CONTINGÊNCIA
o Ações de Monitoramento (Observação, medição e avaliação repetitiva e continuada de dados técnicos, utilizando métodos comparativos);
o Acompanhamento;
o Alerta (Situação em que o perigo ou risco é previsível a curto);
o Alarme (Aviso, seja por sinal, dispositivo ou sistema, sobre condições de risco imediato);
o Socorro (Atendimento à população atingida);
o Assistência às Vítimas;
o Restabelecimentos dos Serviços Essenciais (Como reconstrução de estradas, pontes, e retorno dos serviços de água e energia etc.).
Possíveis impactos
• Sociais:
o 5280 famílias desabrigadas ou desalojadas;
o Cerca de 15.840 pessoas;
o 11% da população total dos municípios.
• Econômicos:
o Carcinicultura;
o Indústria Salineira;
o Fruticultura Irrigada;
o Indústria Petrolífera;
o Turismo;
o Comércio;
o Destruição de rodovias e pontes.