“FÁTIMA HERDOU UM CAOS, CALAMIDADE FINANCEIRA”, DIZ CGE


Completamente fora da realidade as afirmações de Fábio Dantas, sobre supostos caos nas gestões do PT. Como todos sabem, o governo Fátima Bezerra herdou um verdadeiro caos, a ponto de decretamos calamidade financeira”, afirmou o controlador-geral do Estado, Pedro Lopes Neto, ao rebater as acusações do ex-vice-governador, Fábio Dantas (SDD), feitas esta semana. Nestas, Dantas disse que a governadora investiu apenas 5,3% da receita corrente líquida em obras e investimentos em 2021, deixando o Estado na antepenúltima colocação, em 25º lugar entre os estados da Federação, conforme dados do Tesouro Nacional.

Ao contrário do que o ex-vice-governador afirmou, os governos petistas trouxeram maiores prosperidades para o país. Tanto na gestão federal, durante o período da presidência dos ex-presidentes Lula e Dilma, como no governo da professora Fátima, que vem melhorando todos os indicadores a partir de uma gestão focada na valorização do servidor público e no estímulo à abertura de novas empresas e fortalecimentos da economia local”, destacou, em entrevista exclusiva ao AGORA RN, nesta sexta-feira 25.

O controlador-geral, foi enfático ao afirmar que, “aqui no RN, todos sabem o caos herdado pelo governo Fátima em janeiro de 2019. Decretamos calamidade financeira, porque estávamos com quatro folhas em atraso, mais de R$ 2 bilhões em dívidas com servidores, bancos e fornecedores. Além de um serviço público colapsado e, as empresas fugindo do RN por falta de uma política de fiscal competitiva”, ressaltou.

Lopes Neto explique que, na época, a agenda mensal dos sindicatos era saber o dia do pagamento dos servidores. “Uma humilhação permanente que estes foram submetidos nos últimos dois anos e três meses da gestão do governador Robinson Faria, pai do ministro Fábio Faria, que também ajudava a gerenciar o governo. O resultado foi o colapso na prestação de serviços públicos”, afirmou, lembrando que Fábio Dantas era vice-governador de Robinson Faria (PSD) durante toda a gestão deste.

A situação financeira deixa foi tão grave que, em virtude das greves dos policiais militares, chegamos a ter saques no RN e comércios, hotéis e restaurantes fecharam as portas durante o expediente. Hoje, podemos dizer que a casa está quase arrumada. Desde o primeiro mês de gestão Fátima Bezerra, não houve mais atraso de salários dos servidores. E a explicação é simples: prioridade, muita técnica e controle do crescimento da despesa”, explicou.

Para o controlador-geral, além de reconhecer o direito do trabalhador receber em dia, a governadora tem visão clara de que a estabilidade neste pagamento, na ordem de R$ 500 milhões por mês, fortalece a economia local, gerando mais receitas, mais emprego, mais lucro e também mais impostos, realimentando as receitas públicas.

E falando em economia, está também melhorou no nosso governo. E posso destacar alguns motivos: a instituição do novo programa de estímulo à atividade industrial, o PROEDI; do novo regime especial de tributação para distribuidores de alimentos; a isenção do ICMS incidente sobre o combustível de aviação para estimular o setor do turismo; o fortalecimento da agricultura familiar, gerando mais renda para o empreendedor e trabalhador e empreendedor; além das fortes articulações internacionais para ampliar os investimentos em energias renováveis”, frisou.

Pedro Lopes Neto disse que, “não devemos esquecer que herdamos um governo falido e trabalhamos nesse primeiro momento para colocar a casa em ordem. O que passa por pagar as dívidas deixadas, o que vamos continuar fazendo. Temos trabalhado bastante nos últimos três anos. E temos hoje um Estado próspero, com futuro. E assim, afirmamos que vivemos num Rio Grande que tem norte. Respeitamos a crítica da oposição sobre o reduzido grau de investimento do governo, porque concordamos que devemos aumentar mesmo”, evidenciou.

O controlador-geral disse, “os nossos atuais opositores que, integraram a gestão anterior, precisam evoluir seus conceitos, pois erraram e pagaram nas urnas em 2018. Eles não observaram o óbvio: gerenciar o serviço público passa pelo respeito e priorização do seu principal agente, o servidor público. Parece que não aprenderam”, pontuou.

As gestões do PT dão de goleada nos governos da direita

Trazendo as discussões para o campo nacional, Pedro Lopes Neto acredita que, “no campo do emprego, os governos do PT dão de goleada nos governos da direita. Em dezembro de 2014, tivemos pleno emprego no Brasil, pois a taxa de desemprego era 4,3%, representando cerca de 1 milhão de pessoas desocupadas. No final de 2019, antes da pandemia, o desemprego no país foi de 11,8% com número de desempregados de 12,6 milhões de pessoas. No último dezembro, voltamos ao índice pré-pandemia com uma nova melhora, com 12 milhões de desempregados e taxa de 11,6%”, explicou.

Os governos de direita iniciados a partir de 2016 com o presidente Temer não conseguiram fazer o país avançar economicamente. A projeção pífia para o PIB de 2022, 0,36%, é uma prova inequívoca dos erros de condução do presidente Bolsonaro, que não consegue fazer o Brasil crescer, além de ter perdido a mão sobre o controle da inflação, que passou dos 10% em 2021 e já temos o pior janeiro desde 2016, com índice de 0,54 %”, declarou.

Porém, segundo o controlador-geral, quando o ex-presidente Lula iniciou a presidência, em 2003, o PIB brasileiro era de R$ 1,32 trilhão. Em 2015, último ano dos governos do PT, “mesmo gerenciando sob sabotagens parlamentares da direita brasileira a partir de 2014, para poder vencer a eleição daquele ano e, em seguida, operar o golpe que retirou a ex-presidente Dilma, o PIB brasileiro chegou a R$ 5,9 trilhões. A projeção do Banco Central para o PIB de 2021 aponta para valores reais equivalente ao ano de 2014”, finalizou.