CARLOS LUPI CONFIRMA QUE PDT VAI À JUSTIÇA ELEITORAL CONTRA PAULINHO FREIRE SE ELE MUDAR DE PARTIDO: “É OBRIGAÇÃO”


O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, confirmou nesta quarta-feira (23), em entrevista exclusiva ao PORTAL DA 98 FM, que o partido realmente não vai liberar o vereador Paulinho Freire, presidente da Câmara Municipal, para mudar de legenda de forma amigável.

A informação já tinha sido antecipada na última segunda (21) pelo presidente estadual do partido, o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves, em entrevista à 98 FM.

Segundo Lupi, ir à Justiça contra Paulinho Freire ou qualquer outro filiado que queira mudar de partido sem justificativa é uma “obrigação” da direção do PDT, já que a medida está prevista no estatuto.

“Fomos o primeiro partido a colocar no estatuto que o mandato pertence ao partido. Depois é os tribunais também decidiram assim. Então, é obrigação da direção pedir o mandato”, afirmou Lupi, ao PORTAL DA 98 FM.

Ao programa “Repórter 98”, Carlos Eduardo declarou na segunda que, se Paulinho Freire resolver migrar de partido, o PDT vai acionar a Justiça Eleitoral para reivindicar o mandato para o 1º suplente – hoje o ex-vereador Dickson Nasser Júnior.

“Eu tenho conversado bastante com Paulinho Freire. Tenho dito a ele que o diretório nacional do PDT vai atrás do mandato na Justiça independente do que eu ache certo ou errado”, afirmou Carlos Eduardo.

O presidente da Câmara Municipal avalia um convite para migrar para o União Brasil, partido resultante da fusão entre DEM e PSL, para disputar a eleição de deputado federal.

Pela legislação eleitoral, Paulinho Freire só pode mudar de legenda por justa causa ou com o consentimento do PDT, sob pena de perder o mandato por infidelidade partidária. A janela partidária, que inicia em março, vale apenas para deputados.

“Na última conversa que teve comigo, ele disse que não estava nada decidido, que considerava isso do partido. Que o partido tinha o legítimo direito de buscar o mandato. Ele reconhecia e que não estava decidido a sair. Disse que voltaríamos a conversar. Que ele ia refletir sobre a situação política e depois voltaria para conversar comigo”, acrescentou Carlos Eduardo.