PT VAI ASSUMIR DÍVIDA DE R$ 3,8 MILHÕES DA CAMPANHA DE HADDAD
O candidato à Presidência da República derrotado nas
eleições, Fernando Haddad (PT) declarou à Justiça eleitoral ter gasto R$ 39,2
milhões durante a campanha. No relatório, entregue ontem ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), a equipe da campanha declarou ter arrecadado R$ 35,4
milhões.
A campanha já quitou R$ 33,6 milhões. Anexo à declaração de
contas, também foi entregue um documento em que o Diretório Nacional do PT se
compromete a pagar a dívida de R$ 3,8 milhões.
Entre as dívidas assumidas pelo partido estão despesas com
gráfica, empresas de táxi aéreo e contratação de pesquisas. O partido pagará as
despesas com recursos do Fundo Partidário “ou através de recursos que serão
depositados na conta bancária específica de campanha”, diz o documento.
Os candidatos que disputaram o segundo turno das eleições
deste ano tinham até o início da noite de ontem (sábado, 17) para apresentar a
prestação final de suas contas eleitorais à Justiça. A defesa do presidente
eleito, Jair Bolsonaro (PSL) entregou na noite de sexta (16) os esclarecimentos
de pontos questionados pelo TSE. A campanha teve três dias para responder à
Corte eleitoral após técnicos do TSE terem detectado inconsistências nas contas
da campanha.
Bolsonaro e seu partido precisam ter as contas julgadas
antes de sua diplomação, marcada para o dia 10 de dezembro. A lei eleitoral prevê
que o envio das contas de campanha deve ocorrer até o vigésimo dia após a
realização do segundo turno.
O TSE analisa as contas dos candidatos à Presidência. No
caso dos governadores - e também de senadores, deputados federais, deputados
estaduais e distritais - as contas são verificadas pelo Tribunal Regional
Eleitoral de cada estado.
Candidatos que não prestarem suas declarações de contas
completas à Justiça eleitoral não podem ser diplomados. Os partidos que não o
fizerem podem perder o direito de receber recursos do fundo partidário.