“FÁTIMA BEZERRA NÃO ESTÁ PREOCUPADA COM O RIO GRANDE DO NORTE”, DIZ BRENNO QUEIROGA



Pré-candidato ao Governo do Estado pelo Solidariedade, o ex-prefeito de Olho D’Água dos Borges Brenno Queiroga disse, em entrevista exclusiva ao PORTAL NO AR, quer se apresentar ao eleitor como uma “alternativa às práticas atrasadas que levaram o Estado à situação de crise em que se encontra”. Brenno comentou o que o motivou a disputar o pleito, sua derrota em Olho D’Água dos Borges, como será sua campanha, além de avaliar seus concorrentes e elencar suas cinco primeiras ações, caso seja eleito governador do Rio Grande do Norte.

Na sua opinião, o que representa cada candidatura dos seus concorrentes?

Carlos Eduardo Alves é o homem que transformou Natal na cidade mais violenta do Brasil e a 4ª mais violenta do mundo. Os bandidos que roubam e matam em Natal hoje são os mesmos aos quais as administrações de Carlos Eduardo negou educação de qualidade, saúde, emprego e oportunidade. Tudo isso porque a prioridade da Prefeitura ‘dele’ sempre foi manter suas bases políticas com empreguismo em detrimento do atendimento ao público!
Robinson é um dos maiores representantes da velha política no RN. Um homem que construiu toda a sua vida política dentro da Assembleia Legislativa trocando emprego público improdutivo e dinheiro público em votos! A própria rejeição de seu governo mostra sua incompetência e despreparo na gestão de recursos públicos.
Fátima Bezerra não está preocupada com o Rio Grande do Norte, ela está focada nas causas do PT nacional. Fátima representa a esquerda radical e estadista. Como ela vai resolver o déficit fiscal do Estado se ela prega o aumento da máquina pública? Como ela vai resolver o problema da violência, que é um dos maiores problemas do Estado, se sua ideologia partidária se preocupa muito mais com o bandido do que com o policial?

O senhor perdeu quando concorreu à reeleição na sua terra, sendo reprovado pelo eleitor de Olho D’água. Isso não pesa numa campanha pro Governo?

Não considero que perdi. Minha cidade, quando fui prefeito, viveu um dos seus momentos mais bonitos. Inauguramos 25 obras, informatizamos 100% da gestão, pagamos em dia todos os meses, atendemos bem nossa população, recebemos diversos prêmios e reconhecimentos como, por exemplo, o segundo município mais transparente do Estado pela CGU, Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar pelo FNDE, dentre vários outros. Tínhamos creche pública com inglês, informática, tempo integral, música e educação física, por exemplo. Nossa gestão tinha 80% de aprovação da população em diversas pesquisas no mesmo ano da eleição.
Porém, para conseguir fazer tudo isso, em meio à maior crise financeira e política da história do país, tive que romper definitivamente com a velha política, cortando privilégios e regalias que existiam na máquina pública de meu município. Esses cortes geraram muita insatisfação dentre aqueles que viviam às custas da máquina pública há décadas e perderam suas regalias. Fizemos uma campanha 100% limpa, sem acordos e acordões, sem compra de votos, contra toda a velha classe política junta! Mesmo assim, empatamos a campanha e, por apenas 13 votos, Olho D’Água, que teve um exemplo de gestão e prosperidade, não foi também um exemplo de rompimento com a velha maneira de se fazer política nos pequenos municípios do estado.
Esse resultado gerou muita indignação em todos que conheceram a nossa gestão em Olho D’água e uma comoção em toda região, ao ponto que hoje sou pré-candidato a governador do Estado, credenciado a isso por ter feito em meu município exatamente o que me proponho a fazer em nosso Estado! Priorizar o povo ao invés de priorizar os velhos políticos que vivem de explorar a máquina pública.

Por que ser candidato a governador?

Para dar alternativa à sociedade. Assim como os 70% que respondem às pesquisas dizendo que não têm em quem votar, eu sinto o mesmo! Aqueles que hoje se propõe a resolver a crise do Estado são exatamente os mesmos que criaram esta crise.
Eu estou do outro lado do balcão. Da mesma forma que 99% da população, eu trabalho, pago impostos, luto todos os dias para me manter, manter minha família e sustentar um estado ineficiente e incompetente. Isso me revolta e me deixa indignado.
O Solidariedade no Rio Grande do Norte é um partido muito bem organizado, já estamos em mais de em 150 municípios, temos mais de 90 mandatos, a sólida candidatura de Magnólia ao Senado, o mandato exemplar de nosso deputado estadual e presidente estadual Kelps Lima, ou seja, temos condições reais de apresentar uma candidatura ao Governo do Estado com reais possibilidades de vitória.
Fui designado pela executiva estadual do partido para coordenar o plano de governo e nessa missão tive oportunidade de conhecer a fundo os graves problemas de gestão que o Estado enfrenta, o que me credenciou como um possível candidato, chegando a ser escolhido pelo partido para abraçar esse compromisso com o Rio Grande do norte.

Em quê o senhor é diferente dos demais candidatos ao governo?

Os princípios que norteiam o nosso projeto e o que nos torna diferente dos demais são os mesmos que a população do nosso Estado anseia. Nossa campanha é uma campanha barata, portanto, não há chance de corrupção para pagar a conta depois. Não nos aliamos aos grupos que praticam a velha política. Por isso, não vamos ter que lotear a máquina pública impedindo de implementar nossas medidas. Não fazemos parte da esquerda sindical e estadista. Nossa prioridade é o cidadão. Atender com qualidade a população, valorizar os servidores de carreira que têm melhor resultado e gerar empregos estimulando a iniciativa privada, afinal ela gera 88% dos empregos do país e a máquina pública não está conseguindo nem pagar os 12% que são de sua responsabilidade. Defendemos também a modernização da máquina pública como ferramenta de combate à corrupção e ao desperdício, pois não precisamos esconder dados e números. Queremos, ainda, a participação da sociedade durante todo o governo.

Qual sua avaliação sobre o Governo Robinson Faria?

Robinson mantém o mesmo ciclo que ocorre no Estado há décadas. Política feita com loteamento da máquina pública, inchando a folha do Estado, acabando com a capacidade de investimento, realizando contratações desnecessárias e indevidas apenas com o objetivo de se perpetuar no poder a qualquer custo. Com isso, deixa de lado a função básica do Estado que é a de prestar serviços de qualidade à população e de estimular a iniciativa privada através de investimentos estratégicos em infraestrutura para gerar empregos e receita, levando o Rio Grande do Norte a ser o 3º estado mais violento do país, com a 3ª pior educação pública de ensino médio e com 60% das estradas em péssimas condições de manutenção, por exemplo.

Se assumir o governo, quais suas primeiras cinco ações?

Nossa meta é organizar a máquina pública, modernizando a mesma com o uso da tecnologia, dando transparência ao gasto público, reduzindo a corrupção e os desperdícios, prestando serviços de qualidade à população, pagando em dia os salários de servidores e fornecedores, devolvendo à máquina pública a capacidade de investimento para estimular a iniciativa privada a gerar empregos.
Em primeiro lugar, vamos apresentar um diagnóstico da situação do Estado e nosso projeto a toda a população, Assembleia Legislativa, Tribunais de Justiça, bancada federal, iniciativa privada, organismos de controle e sociedade civil organizada chamando a todos para um pacto pela recuperação do Estado.
Iniciaremos com a contratação de softwares, sistemas de gestão integrada e transparência, internet, computadores, capacitações de servidores e serviços de implementação de redes de informática trazendo esse tipo de tecnologia que gera economia imediata, transparência, padronização de processos e criações de metas.
Na sequência, encaminharemos para a Assembleia Legislativa um projeto de redução de aproximadamente 30% dos órgãos estaduais, hoje subutilizados. Ao mesmo tempo, realizaremos uma contratação de auditoria para avaliação das gratificações e dos super salários concedidos sem o devido amparo legal.
Paralelo a isso contrataremos auditoria imediata nas contratações temporárias, terceirizadas, de cooperativas, locação de imóveis e veículos avaliando a real necessidade e valor dos contratos vigentes.

O tempo de TV do Solidariedade é curto. Como superar essa desvantagem?

Existem diversos mecanismos criados para evitar a renovação na política, afinal a lei eleitoral é criada por aqueles que já estão no poder. Porém, vivemos um momento novo! Costumo dizer que antes de qualquer grande transformação vem a dor e a nossa população está em um momento de dor intensa. Nós todos estamos, ou seja, vejo que estamos diante de um grande momento de mudança.
Atrelado a isso vivemos a revolução da comunicação. Assim vamos usar a tecnologia para nos comunicarmos diretamente com o eleitor e driblaremos essa legislação eleitoral construída para quem está no poder se manter no poder!

Qual será seu estilo de campanha?

Vamos fazer a campanha que a grande maioria de nossa população está querendo. Uma campanha de baixo custo para não ter que cometer corrupção para pagar a conta, uma campanha sem loteamento da máquina pública para poder implementar as medidas de modernização em todas as secretarias do estado sem que os partidos que praticam a velha política dos desperdícios e desvios atrapalhem o uso eficiente do recurso público.