HADDAD COMPARA REFORMA TRIBUTÁRIA A UM “NOVO PLANO REAL”: “IMPACTOS SÃO MUITO DILUÍDOS NO TEMPO”


Em meio a críticas de governadores sobre os impactos da reforma tributária, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que concessões não sejam permitidas no texto. A expectativa é que a proposta seja votada na próxima semana na Câmara dos Deputados.

“Os impactos da reforma são muito diluídos no tempo. Isso é uma virtude da reforma tributária, que ao você diluir o tempo ninguém está pensando no próprio umbigo. Está todo mundo pensando no que é melhor pro país. Então não se pode falar em concessão. Tem que se falar em busca de um equilíbrio”, disse a jornalistas na porta do Ministério da Fazenda, nesta segunda-feira (26).

Na última quinta-feira (22), representantes dos estados estiveram em Brasília para discutir pontos do texto com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que se colocou como mediador das negociações. Ao ser questionado sobre a cobrança de governadores por um fundo de compensação de R$ 75 bilhões, o ministro da Fazenda afirmou que a resposta é “equilíbrio”.

“Na reta final, todo mundo vai se manifestar. A gente tem que saber que tem que ter um equilíbrio. Não adianta eu resolver o meu problema quer aprovar reforma e quem tiver no meu lugar daqui a cinco anos não conseguir cumprir. Essa é a questão. Nós temos que fazer uma coisa que todo mundo independente de onde esteja consiga cumprir. Ninguém sabe o dia de amanhã”, disse.

Haddad disse ainda que está “confiante” com o trâmite no Congresso e comparou a proposta ao “Novo Plano Real”.

“Então, realmente eu penso que nós estamos aí às vésperas de uma oportunidade que há muito tempo não se vê no Brasil. Um economista que chegou a falar, e ele não tem nenhuma proximidade com o governo, ‘Pode ser o plano real, o novo Plano Real do Brasil’”, defendeu.