FALTA UMA SEMANA PARA O FIM DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA O SARAMPO E A PÓLIO
A Campanha Nacional contra a Poliomielite e o Sarampo acaba
em uma semana, no dia 31 de agosto. O Ministério da Saúde pede
que os pais levem seus filhos de 1 até 5 anos até a unidade de saúde mais
próxima para se proteger contra essas doenças. As vacinas são de graça e estão
disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em um balanço divulgado na última quarta-feira (22), 5
milhões de crianças ainda não tinham sido imunizadas no país. Essa última
atualização feita pelos estados mostra que 56% crianças de todo o país estão
protegidas – a meta é atingir pelo menos 95%.
A campanha tem por objetivos:
Vacinar quem nunca tomou a vacina;
Completar todo o esquema de vacinação de quem não tomou
todas as vacinas;
Dar uma dose de reforço para quem já se vacinou
completamente (ou seja, tomou todas as doses necessárias à proteção).
Esse tipo de campanha que inclui o reforço da dose, informa
o Ministério
da Saúde, acontece de quatro em quatro anos e já estava prevista no
orçamento da pasta. Esse ano, no entanto, a campanha é ainda mais importante
dada à volta da circulação do sarampo no território brasileiro e a ameaça da
poliomielite.
Todas as crianças com idade entre 1 e 5 anos precisam
comparecer a uma das unidades para se prevenir contra o sarampo e evitar que os
dois surtos no Amazonas e em Roraima se espalhem para outros estados. Já em
relação à paralisia infantil, trata-se de uma precaução, já que 312
cidades estão abaixo da meta preconizada para o controle da doença e
um caso foi registrado na Venezuela em junho. Não há, contudo, casos de
paralisia infantil no Brasil.
Casos de sarampo
O Brasil
teve 1.428 casos confirmados de sarampo em 2018. Os estados do
Amazonas e Roraima apresentam surtos da doença, com 1.087 e 300 casos, respectivamente.
Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia,
Pernambuco e Pará também apresentaram registros da doença.
Casos de sarampo no Brasil até 21 de agosto
ESTADO
|
CASOS CONFIRMADOS
|
AMAZONAS
|
1.087
|
RORAIMA
|
300
|
SÃO PAULO
|
2
|
RIO DE JANEIRO
|
18
|
RIO GRANDE DO SUL
|
16
|
RONDÔNIA
|
1
|
PERNAMBUCO
|
2
|
PARÁ
|
2
|
Fonte: Ministério da Saúde
Adultos também podem se vacinar
A campanha atualmente tem como público-alvo as crianças. O
Ministério da Saúde, no entanto, disponibiliza duas doses para os indivíduos
entre 12 meses e 29 anos, que ficam à disposição o ano inteiro no Sistema Único
de Saúde independente da força-tarefa atual para a vacianação.
Na rede pública, também é possível a vacinação gratuita até
os 49 anos (nesse caso, uma dose é administrada). O governo recomenda que os
adultos vão até as unidades de saúde após o fim da campanha deste ano
direcionada às crianças, no dia 31 de agosto, para garantir uma dose e não
sobrecarregar os postos.
"Os indivíduos acima de 50 anos provavelmente já
pegaram a doença e já estariam imunizados pelas altas taxas de vacinação nos
mais jovens. Mas nada impede que procurem a vacina individualmente",
afirma Isabela.
Quem não pode tomar a vacina?
Gestantes, casos suspeitos de sarampo, crianças menores de
seis meses de idade e pessoas imunocomprometidas (com doenças que abalam
fortemente o sistema imune).
A vacina é segura?
Sim, afirmam o Ministério da Saúde e a SBim (Sociedade
Brasileira de Imunizações). Ela é feita de vírus atenuado (enfraquecido) e em
décadas de imunização no mundo inteiro, apenas casos de alergia a produtos do
leite contidos na vacina foram reportados.
Hoje, no entanto, há vacinas sem traços de lactoalbumina
(proteína do leite da vaca).
Não lembro se tomei a vacina. Devo tomar?
"No sinal de qualquer dúvida sobre se tomou a vacina ou
não, ou se teve a doença no passado, vale tomar a vacina. Na pior das
hipóteses, a pessoa vai se imunizar à toa" -- Isabela Ballalai (Sociedade
Brasileira de Imunizações).